sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Professora: percursos na memória

Ainda não comecei a escrever e já me arrependo - é difícil escrever as coisas da memória, principalmente para quem vê o passado com sons, cheiros e cores: o cheiro acre do despertar dos campos e dos rebanhos, o vermelho lustroso das cerejas à beira da escola, os risos dos miúdos,...
Eu sabia que ia mudar o mundo, que todos os sacrificios valiam a pena a favor daquelas crianças. Qual terra prometia e terras estrangeiras a grangear bens! Aqui e agora ... num aprender de letras nas coisas serra.

Qual quê!!... Passaram, num estalar de dedos, vinte e cinco anos e o mundo mudou. A Escola também mudou (pouco!?) sem ligar nenhuma aos meus murros em ponta de faca. Mas, cá estou eu, ainda professora, ainda crente de que ensinar é também ajudar a ser feliz.

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